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Por muito tempo no Brasil colonial, era nas enfermarias e boticas dos colégios jesuítas onde o povo encontrava drogas e medicamentos vindos da Europa, além de remédios preparados com plantas medicinais nativas. O próprio José de Anchieta é considerado por alguns o primeiro boticário de Piratininga (atual São Paulo).
Mais tarde, surgiram as boticas comerciais. Algumas, no Rio de Janeiro particularmente, por vezes tão luxuosas que, em vez de balcão, tinham uma espécie de altar, com pintura e ornamentos dourados.
Obviamente, esses locais não atendiam africanos e outras populações mais pobres da cidade. Para eles, em cada bairro, havia o "cirurgião africano", cujo gabinete de consulta, muitas vezes, era instalado, sem a menor cerimônia, no vão da porta de uma venda. O "profissional" indicava e preparava os remédios, atuando também como farmacêutico da área.


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